1. Trekking no Fitz Roy e Cerro Torre, Parque Nacional dos Glaciares, ARGENTINA
A . El
Chaltén é a capital do
trekking na Argentina. Durante os
meses de verão chegam aqui centenas de
trekkers para explorarem os belíssimos
trilhos da parte norte do Parque Nacional Los Glaciares. O Cerro Torre e o
Cerro Fitz Roy são os destinos escolhidos pela maioria dos caminhantes mas
existem muitas outras opções. Há escaladores e
trekkers que passam meses nesta
área do país e El Chálten está a tirar protagonismo ao
trekking das Torres del
Paine, no Chile. Há percursos para um dia, que se devem começar cedo, ou
percursos combinados de vários dias, onde é possível pernoitar em parques de
campismo ou refúgios. A sede do Parque nacional Los Glaciares, à entrada da
povoação, é o local ideal para recolher informação. Os guarda-parques são
altamente informativos e simpáticos. Não perca o
trekking no gelo no glaciar Viedma. Pode ver mais
aqui.
2. Trekking na Capadócia, TURQUIA
Há várias maneiras de explorar a Capadócia mas a pé é,
definitivamente, a melhor opção. A
primeira decisão a tomar é escolher o local onde ficar alojado. Goreme deve constituir a melhor
opção. Apesar de ser um lugar turístico é um lugar excelente, detentor de uma
beleza extraordinária. Goreme é também o melhor local para se iniciar uma série
de
treks na região da Capadócia permitindo ver esta paisagem tão diversificada.
Pode fazer caminhadas pelo vale de Gorcelid, onde existem das chaminés de fadas
mais bonitas que nós vimos, seguir para Çavusin e depois percorrer os trilhos
até alcançar Pasabagi, um dos lugares mais fantásticos da Capadócia. Pasabagi
tem dezenas de chaminés de fadas gigantescas. Daqui pode seguir para o Museu ao
Ar Livre de Zelve, um retiro monástico construído num vale profundo com imensas
habitações escavadas na rocha. É a verdadeira cidade troglodita, com túneis, passadiços
e escadas de madeira que permitem colocar em contacto várias habitações. Daí os
trilhos seguem para Devrent e depois para Urgup. Pode saber mais
aqui.
3. Trekking Torres del Paine, Patagónia, CHILE
O Parque Nacional Torres del Paine, na Patagónia chilena, e
uma das áreas de
trekking mais conhecidas do mundo. Abrangendo uma área
montanhosa dominada pelas famosas Torres del Paine, gigantescas torres
graníticas que se erguem verticalmente do maciço montanhoso atingindo quase
3000 m, apresenta paisagens deslumbrantes que incluem, lagos, rios, quedas
de água, glaciares e, claro, muitos cumes nevados. Na temporada alta (nos
meses de Janeiro e Fevereiro), a melhor opção é fazer o circuito completo,
rodeando o maciço e que demora 8 dias. Quem não tiver este tempo disponível, pode fazer o chamado "circuito W", que passa pelas mais famosas atracções
do Parque e demora 4 a 5 dias a ser percorrido. Os refúgios de montanha do
parque são caros, por isso a opção mais viável é acampar. Pode ver mais
aqui.
4. Caminho Inca (Inka Trail) para Machu Pichu, PERU
O caminho inca percorre em quatro dias a distância entre
Ollaytaytambo (km82) até Machu Pichu. Alguns dias tem
trekking exaustivos mas
que valem a pena. O primeiro dia é suave, saindo de Ollaytaytambo
e atravessando o rio Urubamba a caminho das montanhas. O trilho tem bastantes
paragens para apreciar as ruínas incas. No segundo dia, o objectivo é fazer 12 km,
dos quais os primeiros 7 são uma ascenção dos 3100 m para os 4200 m, o chamado
"
dead woman pass”. É duro, muito
duro. Depois são duas horas para baixo, sobre trilho inca humedecido pela floresta
tropical. No terceiro dia fazem-se 15 km com dois passos de montanha. O primeiro
a 3900 m e o segundo a 3700 m. Este dia é longo e cansativo porque o percurso é
sempre a subir e a descer e os músculos estão ressentidos do dia anterior. Pelo
caminho vêem-se ruínas incas espectaculares e há tempo para as visitar com a
explicação do guia. É um dia muito bom. No último dia madruga-se. O
trekking é
feito parcialmente de noite com frontais pelo meio da floresta tropical num
percurso de 8 km até finalmente alcançar Machu Pichu. É inacreditável o que se
sente quando finalmente se vislumbra o local. É uma sensação de dever cumprido.
São quatro dias de
trekking, pelo meio da floresta, sobre chuva, com dores,
atravessando picos gelados, mas tudo faz
sentido para depois encontrarmos a famosa "Cidade Perdida dos Incas"de Bingham.
5. Trekking no Fiorde gelado de Ilulissat (Ilulissat Kangerlua), GRONELÂNDIA
Ilulissat Kangerlua é provavelmente a maior atracção
turística da Gronelândia e apresenta uma beleza tão invulgar e inquestionável
que, em 2004, a UNESCO inseriu-o na lista de Património Mundial. A sul de Ilulissat, no fiorde homónimo,
desagua o
Kujaleq Sermeq, também conhecido por glaciar de Ilulissat, um dos
glaciares fora da Antárctida com maior perda de massa por
calving (queda de
icebergs). O
calving do glaciar é tão
intenso que os glaciólogos estimam que ele perca 35 km3 de gelo por ano, o
equivalente a 20 mil toneladas por dia. Os gigantescos
icebergs concentram-se
durante semanas, meses e às vezes anos no fiorde gelado, esperando que se
derretam e que atinjam uma dimensão que lhes permita avançar para o mar. É
possível explorar o fiorde gelado de Ilulissat fazendo
treks, nomeadamente o
trilho amarelo, que consideramos o mais bonito, o azul e o vermelho. De todos
eles há bonitas panorâmicas sobre o fiorde gelado e preenchido por
icebergs. Pode ver mais
aqui.
6. Rota Vicentina, Alentejo, PORTUGAL
A costa alentejana é das regiões mais bonitas de Portugal e
do mundo. Quem o diz é o Viajar entre Viagens. Estes títulos são sempre muito
relativos mas a verdade é que para estes dois viajantes, habituados a visitar
praias e recantos espalhados pelos quatro cantos do planeta, a beleza da costa
alentejana não encontra paralelo em muitos lugares. A Rota Vicentina é uma grande
rota pedestre, inaugurada em 2012, que cruza o Sudoeste de Portugal e a chamada
Costa Vicentina, totalizando 350 km, e estando dividida em dois grandes
percursos denominados Caminho Histórico e Trilho dos Pescadores. O primeiro
percorre as principais vilas e aldeias entre a cidade de Santiago do Cacém e o
Cabo de S. Vicente, constituído por 12 etapas (com um máximo de 25 km), num
total de 230 km. Trata-se de um itinerário rural que também pode ser percorrido
de BTT, e que privilegia a vertente histórica. O segundo é um percurso que
segue sempre junto ao mar, tendo por base os caminhos que os locais,
especialmente os pescadores, usam para aceder às praias e falésias. Só pode ser
percorrido a pé, dada a quantidade de areia em algumas secções do percurso, assim
como a proximidade de falésias com uma altura considerável. A propósito, não é
recomendável a pessoas com vertigens! Inclui 4 etapas de um dia, com um máximo
de 22 km, e 5 circuitos complementares, num total de 120 km. Pode saber mais
aqui.
7. Trekking invernal nas Svalbard, NORUEGA
Nenhuma viagem a Svalbard estará completa sem um
trek
invernal pelas montanhas cobertas de neve. Apesar das condições atmosféricas
poderem não ser as melhores, esta é uma experiência obrigatória no Inverno de
forma a apreciar mais de perto a beleza e as agruras do Árctico. Um
trek de um
dia sobre um glaciar (aproximadamente 2h de subida e 1h de descida) pode
juntar-se a entrada numa gruta de gelo. Assim, é possível desfrutar de uma
caminhada em ambiente invernal e uma visita ao interior de um glaciar. Esta é
uma excelente opção para visitantes mais aventureiros e que gostam de desafios.
A paisagem durante o
trek é avassaladora e a experiência de estar dentro da
gruta de gelo é verdadeiramente esmagadora. Pode saber mais
aqui.
8. Trekking de Altyn Arashan, QUIRGUISTÃO
Este é um
trek de quatro dias desde o vale de Karakol até ao
vale de Arashan, passando pelo lago Ala Kol, com dois passos acima dos 3500 m
de altitude. O
trek é verdadeiramente surpreendente e atravessa paisagens
alpinas, dominadas por árvores coníferas e à medida que se sobe em altitude vai
dando lugar a terrenos rochosos e rodeados por montanhas cobertas de neve e glaciares.
O
trek termina nas nascentes termais de Arashan,
um lugar idílico e onde vale a pena descansar e usufruir da natureza. É também
uma excelente oportunidade de conhecer a vida da população nómada quirguiz. Pode saber mais
aqui.
9. Trekking do Aconcágua, ARGENTINA
A cidade de Mendoza é a melhor base para explorar o Parque
Provincial do Aconcágua e programar aí um
trekking. Antes de se dirigir para a
montanha tem que visitar a sede do parque na rua San Martin, em Mendoza, e
tirar uma permissão. Os preços são relativamente elevados mas não se deixe
dissuadir. Três dias são suficientes
para ascender até ao primeiro campo base do Aconcágua, designado Confluência.
Deverá acampar aí e explorar o Glaciar Horcones Inferior até Plaza Francia, na
base da face sul do Cerro Aconcágua, no segundo dia. No último dia desça da
montanha até Puente del Inca e explore esta pequena localidade. O
trekking de 7
dias permite, para além de Plaza Francia, subir a Plaza de Mulas, o segundo
acampamento base, nas proximidades do Glaciar Horcones Superior. A permissão de
21 dias destina-se a todos aqueles que pretendam ascender ao cume do Cerro
Aconcágua (6962 m). Neste último caso, informe-se bem sobre as condições
atmosféricas, o seu estado físico e nunca subestime a montanha. Não se esqueça
que está frente a uma montanha com quase 7000 m de altitude. Pode ver mais
aqui.
10. Trekking de Santa Cruz, PERU
O
trekking de Santa Cruz é um
trek de quatro dias na Cordilheira
Branca, no Peru. O percurso segue pelos
vales e montanhas da região de Huascaran. Começa-se com uma subida de 900 m de
desnível desde Cochabamba até alcançar o vale de Santa Cruz, onde corre o rio
Santa. Este local é o canhão do rio e ascende desde os 290 0m até aos 3800 m.
Neste primeiro dia acompanha-se a Quebrada de Santa Cruz, com uma paisagem
fabulosa. No dia seguinte começa-se bem cedo para cerca de 14 km na Quebrada de
Santa Cruz. A meio do percurso fiz-se um "side trip" para subir no
caminho que leva ao campo base do Alpamayo. Daqui as vistas são assombrosas e está-se
rodeado por vários nevados que oscilam entre os 5600 e os 6300 m de altitude. Neste
segundo acampamento dorme-se mesmo na base do Nevado Tauliraju, a 4200 m. De
manhã segue-se em direcção a Punta
Union, a 4750 m. Do topo as vistas são avassaladoras sobre os nevados
circundantes, a quebrada de Santa Cruz e a Quebrada Huaripampa. Depois deste
passo deixa-se para trás a Quebrada de Santa e segue-se a Quebrada de
Huaripampa. São 1000 m de desnível até ao acampamento de Cachinapampa. Pelo
caminho continua-se a ver vários nevados e ao fim do dia surge o glaciar de
Paria. No último dia termina-se com um percurso de cerca de 2-3 horas pelo meio
dum bosque de Quenuas (uma árvore típica dos Andes) e pelos vários
"pueblos" andinos até alcançar a povoação de Vaqueria. Aqui, uma
última subida é o culminar de 4 dias de
trekking. Pode saber mais
aqui.
11. Trekking do Passo de lan Nubes e Cerro Tronador, Patagónia, ARGENTINA
Bariloche é o destino turístico mais visitado na Argentina.
Como tal, a cidade é igual a qualquer outro destino turístico com as mesmas
lojas de roupa,
souvenirs e chocolates que encontrará um pouco por todo o país.
A única diferença é que tem mais lojas de chocolate! No entanto, ninguém vem a
Bariloche para ficar na cidade. As montanhas que rodeiam o lago Nahuel Huapi
são das mais bonitas do mundo e as actividades que se podem fazer na área são
ímpares e inesquecíveis. A mais afamada é fazer o Circuito Chico de bicicleta,
um percurso com cerca de 50 km que bordeia o lago e penínsulas da zona. Há
imensos teleféricos que permitem subir facilmente a alguns cerros e desfrutar
de vistas fabulosas da região dos lagos, como o caso do Cerro Otto ou do Cerro
Campanário. Os amantes do
trekking dificilmente encontrarão trilhos mais
gratificantes do que os do Cerro Tronador, Passo de las Nubes ou Cerro Catedral.
E, no final de alguns dias na montanha, sabe muito bem regressar a uma cidade
que nos pode oferecer restaurantes, bares, padarias, pastelarias e tudo aquilo
que sentimos falta, ainda por cima com uma grande vista sobre o lago! Pode ver mais
aqui sobre o Cerro Tronador e
aqui sobre o Cerro Catedral.
12. Trekking no sul da Gronelândia, GRONELÂNDIA
O sul da Gronelândia é um paraíso para os amantes do trekking. Os vales verdejantes, os fiordes com icebergs, as montanhas geladas e os glaciares fazem parte do cenário diário. Há imensas possibilidades para fazer trekking no sul da Gronelândia, mas os melhores localizam-se nas imediações de Narsarsuaq, Tasiusaq e Igaliku. É um destino obrigatório para os amantes da natureza.
13. Trekking entre vulcões em Myvatn, ISLÂNDIA
Se quisermos ser completamente directos poderíamos dizer que
Myvatn é a região mais bonita da Islândia, onde as paisagens são verdadeiramente
avassaladoras e as manifestações da natureza são de cortar a respiração. Mesmo
depois de todos os dias ser surpreendida por lugares e paisagens magníficas,
Myvatn tem muito mais a acrescentar. A região de Myvatn, em torno do lago
homónimo, é uma das regiões vulcânicas mais activas da Islândia, e situa-se na
dorsal meso-atlântica, o contacto das placas tectónicas norte-americana e
euro-asiática. Leirhnjúkur é verdadeiramente impressionante mas para se ter
a noção real do que aqui existe é preciso deixar o carro no parque e fazer um
trek de pela zona da cratera do Krafla e pelas escoadas de lava
solidificadas. Pode ver mais
aqui e
aqui.