1. Parque Nacional do Etosha
O
Parque Nacional do Etosha é
muito seco, tendo algumas nascentes naturais permanentes, alimentadas por
reservas de água subterrâneas. A estas acrescem actualmente algumas fontes de
água artificiais, em que a água é bombeada do subsolo. Tanto umas como outras
são a salvação da vida animal e o que permite a sua fixação numa zona tão
árida. A geografia e morfologia do Parque é a razão da sua fama mundial e do
seu carácter único, mesmo no que toca à observação de vida animal. Isto porque
a aridez do terreno e a escassez de pontos de água faz com que os animais, de
diferentes espécies, se reúnam na mesma área restrita e acessível às objectivas
das máquinas fotográficas dos turistas. É só esperar e, mais cedo ou mais
tarde, a procissão de espécies irá passar diante dos nossos olhos.
2. Deserto da Namíbia
O
deserto da Namíbia estende-se
por uma vasta área, da qual 50 000 km2 integram o Parque Nacional Naukluft , a
maior reserva natural do mundo. Esta área, vulgarmente designada por Namibe, é
um “imenso lugar desértico”, como lhe chamam os Nama (povo indígena mais antigo
da Namíbia) e corresponde a um deserto costeiro com cerca de 2000 km de
comprimento e cerca de 170 km de largura. O grande Mar de Areia é a área
arenosa e dunar por excelência do deserto da Namíbia. As dunas vermelhas
estendem-se por centenas de quilómetros paralelas à costa e atingem o seu
máximo na Big Daddy, com 380 metros de altura. Incrivelmente, as dunas não movem
a sua base já que as raízes das plantas permitem a sua fixação e a areia apenas
ondula no topo, de leste para oeste, devido à mudança da orientação dos ventos
predominantes nos meses de verão e inverno. Assim, as dunas são numeradas e é
possível subir à chamada Duna 45, uma espécie de ex-libris do Namibe.
3. Spitzkoppe
Uma das maravilhas naturais da
Namíbia,
Spitzkoppe é um maciço rochoso que se ergue a 1700 m de altitude,
imponente e isolado no terreno plano e desértico, na província de Damaraland.
Para além de ser uma atracção turística, esta zona é também uma atracção
arqueológica, pois os nossos antepassados já vagueavam por aqui há milhares de
anos. As montanhas que vemos hoje erguerem-se centenas de metros acima do solo
desértico começaram por nem chegar a ver a luz do dia. Solidificando a alguns
quilómetros da superfície, os blocos graníticos foram sendo descobertos pela
acção dos elementos erosivos, ou seja, após 130 milhões de anos de erosão estas
montanhas cresceram pelo desgaste do material menos resistente que as rodeava.
Isto um exemplo paradigmático do imenso poder dos processos erosivos, um poder
para além da compreensão humana, capaz de criar montanhas e desenhar o relevo
no qual hoje caminhamos.
4. Fish River Canyon
No sul da Namíbia encontra-se um
dos maiores canyons (em plateau) do mundo, o
Fish River Canyon. O canyon tem
cerca de 160 km de comprimento, uma largura máxima de 27 km e uma profundidade
que atinge 550 m, mas quando estamos na sua presença, a mente esquece a
quantificação e comparação e deleita-se no espectáculo que a natureza nos
oferece. Sentimo-nos tão insignificantes em comparação com a escala desta
beleza natural, que todas as questões de classificações e títulos perdem
qualquer relevância.
5. Visitar uma tribo Himba
Os Himba têm sobrevivido à
ganância humana, a predadores, a colonizadores, à aridez do deserto e até às
alterações climáticas. Incrivelmente, têm resistido à crescente globalização,
mantendo-se isolados em aldeias e comunidades fechadas. São poucas as que
aceitam receber turistas, e na maioria das vezes, aquelas que os recebem são
criadas para perpetuar as tradições.
Visitar esta comunidade Himba na Namíbia é
um privilégio que não deve perder.
6. Trópico de Capricórnio
Na Namíbia é possível cruzar a
linha imaginária que marca os 23º27´S. Trata-se do
Trópico de Capricórnio, um
marco geográfico a uma visita ao país.
7. Baía de Walvis
A baía de Walvis, na área de
Swakopmund, é um lugar privilegiado para observação de flamingos cor-de-rosa.
8. Dead Vlei
O
Dead Vlei é uma área plana,
salgada, abandonada pela água e onde toda a vida morreu. Esta área localiza-se
entre duas dunas paralelas do Namibe e é uma espécie de vale morto, estéril,
seco e esbranquiçado, contrastando com as dunas de areias vermelhas ao fundo.
9. Canhão de Sesriem
O canhão de Sesriem é uma
atracção pouco conhecida na Namíbia. Face à profundidade e estreiteza do
canhão, os raios solares não conseguem iluminar o seu interior fora do meio-dia
solar. Descer ao seu interior estéril e seco é quase como viajar para o
interior da terra, penetrando nos leitos fluviais abandonados ao longo de
séculos de clima desértico.
10. Swakopmund e Paisagem Lunar
A cidade de Swakopmund tem uma
forte tradição alemã e passear nas ruas da cidade é quase como ser transportado
para fora de África. Os edíficios e ruas com traços europeus fazem parte do
legado cultural da Namíbia. No entanto, bem próximo da cidade existe Paisagem
Lunar, um lugar que nos faz viajar.