"We hold these truths to be self-evident, that all men are created equal,
that they are endowed by their Creator with certain unalienable Rights,
that among these are Life, Liberty and the pursuit of Happiness.-That
to secure these rights, Governments are instituted among Men, deriving
their just powers from the consent of the governed, -That whenever any
Form of Government becomes destructive of these ends, it is the Right of
the People to alter or to abolish it, and to institute new Government,
laying its foundation on such principles and organizing its powers in
such form, as to them shall seem most likely to effect their Safety and
Happiness."
Declaração da Independência dos EUA
"We the People of
the United States, in Order to form a more perfect Union, establish
Justice, insure domestic Tranquility, provide for the common defence,
promote the general Welfare, and secure the Blessings of Liberty to
ourselves and our Posterity, do ordain and establish this Constitution
for the United States of America."
Constituição dos EUA, Artigo I, Secção 8
Embora Filadélfia seja actualmente a quinta maior cidade do
país (e a segunda maior da costa leste), o seu centro histórico, é pequeno e
fácil de percorrer a pé. O que é difícil é ter tempo para visitar tantas
atracções históricas, numa cidade que já foi a mais importante do país, sendo a
capital de 1790 a 1800.
A chamada Old City
está repleta de edifícios históricos, principalmente pertencentes ao mais
importante período histórico da cidade, o da revolução americana e conquista da
independência dos EUA, e localizados no chamado Independence National Historical Park.
Esta zona é dominada pelo
Independence Hall, a antiga
State
House britânica, com a sua torre cimeira, sede do poder inglês na colónia de
Pennsylvania e onde foi assinada a
Declaração da Independência das 13 colónias
relativamente à potencia colonial, e foi por aqui que resolvemos começar o
nosso périplo pela história do nascimento dos EUA.
Para podermos integrar a visita guiada ao complexo de
edifícios, recolhemos logo de manhã os bilhetes (gratuitos, mas com hora de
ingresso marcada) no
Independence Visitor Center. Como ainda tínhamos tempo, daqui
seguimos primeiro para o
Liberty Bell Center, construído em 2003, que alberga
uma exposição multimédia sobre a luta pela liberdade e cuja maior atracção é o
Liberty Bell, que como sino não será grande coisa (uma vez que rachou logo quando
foi tocado pela primeira vez) mas que é um dos objectos mais emblemáticos da
revolução, tendo alegadamente tocado, na torre da
State House, aquando da
primeira leitura pública da Declaração da Independência. O seu tamanho não
impressiona (e para aqueles com mais expectativas pode até desiludir), mas tem
sem dúvida presença, podendo nele ler-se a gravação “
Proclaim Liberty throughout all the Land unto all the Inhabitants
thereof”.
A seguir, integramos uma visita guiada pelo
Independence Hall, constituída por
americanos entusiastas pela sua história e liderados por um guia (do Serviço
Florestal) ainda mais entusiasta. No edifício principal, visitamos o
Assembly
Hall, onde a Declaração foi ratificada a 4 de Julho de 1776, e assinada em Agosto
do mesmo ano. Para além disso, treze anos depois foi também aqui que foi
assinada a
Constituição dos Estados Unidos da América.
Ao lado do edifício principal, pode visitar-se o Congress Hall, onde o Congresso dos EUA
reuniu entre 1790 e 1800, e o Philosophical
Hall, sede da American Philosophical
Society, fundada por Benjamin Franklin, onde se pode admirar um rascunho
manuscrito da Declaração, pelo punho de Thomas Jefferson, com correcções e
tudo!
Saindo deste complexo, podemos admirar o outro aspecto fundamental na construção de um novo país, para além do político e militar, ou seja a soberania financeira. Perto, encontra-se o edifício do Second Bank
dos EUA, com uma fachada de
inspiração clássica.
Seguindo pela 6th
Street, passamos pelo National
Constitution Center, um novo museu (inaugurado a 4 de Julho de 2003)
dedicado a exposições interactivas sobre a Constituição dos EUA, mas nós não
entramos. Seguimos para o edifício logo ao lado, a US Mint, o primeiro local onde se cunhou moedas americanas em 1793,
e ainda hoje em funcionamento. No interior não era permitido tirar fotos, mas
pudemos acompanhar uma exposição da sua história e ver de cima as máquinas e instalações
(e correias de distribuição cheias de moedas!).
E numa altura em que o nosso
país passa por imensas dificuldades de ordem económica e financeira, ficou-me
na retina uma frase de Thomas Jefferson: “Coinage is an act of sovereignty”. É
que nos passos da construção de um país, também se pode ver o reverso dos
passos da destruição de outro…