O rebuliço nas ruas de Nova
Iorque parecia ainda maior do que o habitual. As sirenes de carros de polícia
faziam-se ouvir, polícias controlavam as multidões que pareciam esperar por
algo, e barreiras de segurança impediam o acesso dos transeuntes a algumas
ruas, nomeadamente aquela para onde nos dirigíamos… Íamos visitar o Museum of
Modern Art (ou como é conhecido, o MoMA), um dos museus mais conhecidos do
mundo, na 53rd Street, entre a Fifth Avenue e a Avenue of Americas.
Mas a tarefa não parecia fácil, e
tornava-se mais difícil quanto mais nos aproximávamos do nosso destino. Que se
passava? Rapidamente ficamos a saber as
novidades… “the President is in town”. Hospedado a um quarteirão, no Hotel
Sheraton, estava nada mais, nada menos, do que o presidente dos EUA, Barack
Obama! Tal como nos filmes, as pessoas esperavam junto às barreiras de
segurança para ver passar a comitiva presidencial. Fomos assim forçados a mudar
o nosso percurso para chegar ao MoMA.
Quando lá chegamos, as multidões
dentro do museu não ficavam atrás das do exterior. O museu estava no seu
período semanal de entrada grátis e milhares de pessoas aproveitam para visitar
este museu único sem pagar entrada. Logo depois de recolher os bilhetes, vejo
pessoas a correr em direcção às portas e lá fora passavam carros de polícia com
as sirenes ligadas. Corremos também, como qualquer bom americano! Ainda vimos
passar a sucessão de carros pretos com vidros fumados e pudemos sentir o
entusiasmo das pessoas que assistiam. This is America!
Dentro do museu, o tráfego também
não estava fácil… Milhares de pessoas acotovelavam-se, percorrendo os seis
andares do museu, criado em 1929, tentando apreciar o seu notável acervo. A
colecção ronda as 150 mil obras de arte, e vai desde a pintura
pós-impressionista, até à pintura moderna e contemporânea, passando pelas áreas
da ilustração, fotografia, design, arquitectura, cinema e escultura. A
diversidade dos artistas representados é de igual forma impressionante:
Cézanne, Van Gogh, Matisse, Picasso, Dali, Lichtenstein, Warhol, a lista não
tem fim…
Mas as estrelas da companhia não
enganam. As multidões acumulam-se junto destes quadros e é difícil conquistar o
espaço e tempo necessários para aprecia-los devidamente. “Starry Night”, um dos
quadros mais famosos de Van Gogh, e “Les Demoiselles d’Avignon”, de Picasso,
disputam o lugar cimeiro das atenções, mas a “Persistence of Memory”, de Dali,
com os famosos relógios, também não deixa de surpreender.
Mas não estava mesmo nada fácil
andar pelas pequenas divisões sem ter de serpentear e tentar evitar os
ocasionais encontrões e apertões. Para relaxar, nada melhor que aproveitar o
Jardim das Esculturas, um espaço com poucas pessoas (felizmente!) e com uma
atmosfera pacífica. Estava na altura de voltar para as ruas de Nova Iorque e
voltar ao bulício! Não se pode parar na cidade que nunca dorme… And the show
must go on!
Dados práticos:
Horário: Sábado a Quinta-Feira:
10.30-17.30 h
Sexta-Feira 10.30-20.00 h
Preço: 25 USD (adultos) 14USD
(estudante)
Grátis - Sexta-feira 16.00-20.00 h
Avaliação: ****