Os filmes “Jumanji” ou “À noite no museu” já
me tinham preparado para algumas das magníficas galerias que o Museu de
História Natural de Nova Iorque tem para oferecer. Logo na entrada, uma galeria
com várias ossadas de dinossauros faz as delícias da pequenada.
Há duas coisas que é preciso
decidir quando se entra num museu em Nova Iorque: quanto se vai pagar e quanto
tempo se vai lá ficar. Decidir quanto se paga é um conceito interessante. A
entrada no museu é feita por donativo, embora tenha o preço de 27$ como
sugestão. Nós optamos por pagar 5$ (ser português não é fácil). A segunda
decisão tem a ver com o tempo da visita. Nós tínhamos pensado ficar lá duas
horas mas rapidamente percebemos que esse tempo era manifestamente
insuficiente. Estivemos 3 horas no museu e mesmo assim sentimos que vimos tudo
a correr. Estranho, não?
Começamos por visitar uma galeria
onde está exposta uma manada de elefantes. A sala é gigantesca e parece que
correm todos em nossa direcção. O acervo do museu distribui-se por várias salas
com enfoque sobre as características geológicas da Terra (especialmente rochas
e minerais), vida animal (fósseis e embalsamento), alterações climáticas e
registos do clima, evolução da espécie humana, civilizações antigas e vida
submarina.
Começamos por explorar a parte
correspondente às civilizações pré-colombianas, relembrando a nossa viagem “Na
Rota dos Maias”, em 2012. Seguiu-se a cultura africana e asiática.
Quando chegamos às galerias de
geologia e alterações climáticas o tempo parou! Ficamos lá imenso tempo,
contemplando o funcionamento dos sismógrafos, analisando um enorme núcleo de
gelo (ice-core) da Gronelândia e “babando” sobre os minerais, rochas e meteoritos
expostos.
O museu tem o Big Bang Theater
onde é possível assistir a um filme com cerca de 5 minutos sobre a Teoria do
Big Bang num ecrã de 360º. Puro deleite para os sentidos.
A parte correspondente aos
animais embalsamados exibe especialmente animais autóctones norte-americanos
com destaque para o urso grizzly e o bisonte. Uma das áreas mais interessantes
é a evolução da espécie humana onde estão expostos vários crânios de homo neandertalis
até ao Homo Sapiens sapiens, bem como a forma como a espécie humana evoluiu e
migrou pelo planeta.
Infelizmente, devido a um evento
no museu, a parte correspondente ao meio marinho estava fechada. Ainda
espreitamos a baleia embalsamada que de forma gigantesca ocupava o centro de
uma galeria que nos teria feito passar mais algumas horas no museu.
Sendo assim, passamos para as
galeias de paleontologia, provavelmente as mais famosas do museu, onde várias
ossadas e reconstituições à escala real de vários dinossauros fazem as delícias
de graúdos e miúdos. Todos, incluindo nós, amontoávamo-nos para sacar a foto
perfeita (o que raramente acontece no meio de tais multidões).
Três horas passaram num abrir e
fechar de olhos. Quando olhamos para o relógio nem queríamos acreditar. O tempo
voou. Será que tivemos alguma experiência de “timetravel”? Não creio. Fomos
mesmo nós que perdemos completamente a noção do tempo. Eram 16h… e estava na
hora de ir almoçar.