Nas nossas viagens há lugares que nos marcam por
variadíssimas razoes. Em Mérida, a nossa passagem relâmpago ficou marcada pelo
hostel em que nos alojamos: o Nomads, uma verdadeira instituição na cidade.
Fomos recebidos
pelo dono que, quando lhe dissemos que éramos portugueses quis saber qual o
segredo dos hostels portugueses. "São sempre os melhores do mundo e ganham
todos os prémios. Nós não temos hipótese. Tem sempre aqueles moveis
branquinhos. As pessoas não põem os pés em cima.", comentou ele. Rimos.
O Nomads e um óptimo hostel. O nosso quarto era muito bom, tinha inclusive duas camas de
casal (pelo que chegamos a equacionar sub-alugar uma), uma piscina, uma cozinha
muito bem equipada e espaços comuns agradáveis e super coloridos.
O que nos trouxe
a Mérida foram as ruínas maias de Uxmal e as da Ruta Puuc. Infelizmente, não
havia transporte publico para as segundas e como temos o nosso roteiro muito
apertado tivemos que abdicar de as visitar. Assim, reservamos o dia para as
ruínas de Uxmal e o fim do dia para Mérida.
Só tínhamos esse
finalzinho de dia para a cidade e, embora não tivessemos nada especifico que
quiséssemos ver, resolvemos dar uma volta pelo centro histórico. Tirando a casa
de Montejo, o resto da urbe desilude; Demasiado poluída, demasiados turistas,
demasiado caótica.
Resolvemos voltar
ao hostel e aquela piscina fantástica que tínhamos visto. estava na hora de a
experimentar. A agua estava deliciosa e as paredes coloridas faziam-nos
esquecer o caos da cidade. No entanto, o Nomads tinha muito mais para oferecer.
As 19.30 h tivemos direito a uma aula de salsa. Poderíamos dizer que apanhamos o
ritmo mas temo que fosse mentira! Depois da "magnifica" performance
nas "classes de danza" fomos brindados com um trovador que no terraço
animou o serão enquanto nos cozinhávamos e comíamos.
Se um dia nos
perguntarem "O que acharam de Mérida?", temo que a resposta seja
"o Nomads adoramos, a cidade... não."