Os monges passeiam-se pelas ruas,
as pessoas parecem relaxadas, há poucos turistas e a vida parece andar a ritmo
muito lento. Estamos em Vientiane, capital do Laos, e esta é a capital mais pequena do
mundo. Localiza-se nas margens do rio Mekong. Pensar que estamos numa capital
asiática é estranho. Por aqui tudo parece ter um ritmo diferente.
Como estávamos num país que é de
corpo e alma budista, decidimos dedicar a nossa visita a alguns das dezenas de
templos existentes. Para quem vêm da Tailândia a
maior diferença é a quantidade de ocidentais nos templos. Aqui somos os únicos
visitantes, ao contrário dos templos tailandeses onde tínhamos que desbravar
por entre a selva humana de turistas. Logo aqui, apaixonamo-nos pela cidade. Os
monges executam as lides da sua vida diária e nós parecemos invisíveis.
Colocamos os guias na mochila e
entramos no primeiro mosteiro/templo budista que encontramos. Descobrimos mais
tarde que era o Wat Ong Teu Mahawihan, o templo que alberga a maior estátua do
buda de Vientiane. No entanto, o que nos surpreendeu não foi nem a grandeza nem
a beleza da estátua, mas sim a simplicidade da vida dos monges e a devoção com
que pareciam se entregar a leitura e as lides diárias.
Seguimos caminho e cruzamo-nos
com o Tha Dhan, uma stupa de pedra num cruzamento de ruas da capital.
Continuamos o nosso passeio e
encontramos o Wat Si Saket, um templo antigo, parcialmente destruído, mas que
foi, para mim, o mais bonito que vi no Laos. Com um interior riquíssimo, o
calor da hora do almoço não lhe tirou qualquer espiritualidade, até pelo
contrário.
Em frente estava o Haw Phra Kaew,
outrora um templo com grande actividade, hoje transformado em museu. Apesar do
templo já não estar em funcionamento, os devotos continuam a aqui afluir,
especialmente budistas tailandeses.
O nosso percurso levou-nos até ao
Wat Si Muang, um templo bastante activo na parte Este da cidade.
Terminamos o nosso périplo pelos
templos de Vientiane no magnifico Pha That Luang com a sua majestosa stupa
dourada.
De regresso à guesthouse ainda
paramos no Patuxai, uma herança da colonização e um sinal claro que os
franceses andaram por aqui.