Península da Valdés

Com uma superfície superior a 4 mil quilómetros quadrados, a Península de Valdés penetra no Oceano Atlântico e está recortada por pequenos golfos e baías. Esta morfologia costeira permite uma abundância de aves e mamíferos marinhos invulgar que escolhem este local para reprodução. Para além da baleia austral, este local concentra grandes colónias de pinguins de magalhães, lobos marinhos e leões marinhos.


Porque se concentram cá tantas espécies? É esta questão que me assola. A resposta está na forma da península, com inúmeras enseadas protegidas dos predadores, mas também com a confluência da corrente do Brasil com a corrente das Maldivas. Esta situação cria uma riqueza de nutrientes bastante elevada e atrái inúmeras espécies. A elevada produção de fitoplancton produz zooplancton que constitui alimento para os vertebrados inferiores (ex.calamares) e superiores (ex. baleias). Os vertebrados inferiores acabam por ser a base da alimentação dos animais que escolhem a Península de Valdés.
No verão as colónias estão cheias de pinguins, lobos e elefantes marinhos. A orca pode também aparecer e as toninas, golfinhos de rio, espreitam a península.    

Eu visitei a Península de Valdés em Maio, um dos piores meses para o fazer, mas vi animais que nunca tinha visto e disfrutei de uma paisagem encantadora. Vale a pena visitar este local no verão austral, quando a possibilidade de ver pinguins e orcas é maior. Para tal, aqui fica o calendário de observação da fauna marinha na península.


Apesar do calendário "desfaverecer" o mês de maio, acabei por ver baleias, rapozas, armadilhos, lobos e elefantes marinhos.

Nem quero imaginar o que será visitar esta península no mês certo...

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