Massada deve o seu nome à
fortaleza que se ergue, hoje em ruínas, num afloramento rochoso localizado no
deserto da Negev. Com vistas deslumbrantes sobre o mar Morto e os vales e
desfiladeiros circundantes, Massada é o símbolo máximo da resistência judaica,
já que foi o último reduto dos judeus contra o Império Romano.
Em 73, quando os romanos
dominavam toda a Terra Santa este foi o último local onde os judeus (Zelotas)
conseguiram oferecer resistência. Durante dois anos tinham conseguido
sobreviver com as águas pluviais recolhidas nas cisternas e com os frutos,
legumes, óleos e vinho que os campos dentro da muralha produziam.
No entanto, os romanos cercaram a
cidade e tentaram conquistar Massada. Decidiram criar uma rampa a partir de um
promontório que ligaria até ao topo do monte onde estava Massada. Com um
desnível de cerca de 150 m, a rampa permitiu aos romanos subir e entrar dentro
das muralhas da cidade.
Depois de dois anos de cerco,
rodeados por vários campos romanos (ainda hoje visíveis as ruínas), os últimos
960 judeus preferiram o auto-sacrifício (suicídio colectivo) à dominação pelo
exército romano. Um dos comandantes zelotas era Judas que se tinha refugiado
aqui depois de sair de Jerusalém. Matando-se a si e às respectivas famílias, os
judeus de Massada preferiram morrer do que serem escravizados pelos romanos.
Diz a lenda que foi tirada à
sorte o homem que deveria certificar-se da morte de todos e que após atear fogo
ao palácio se lançou sobre a sua espada. Quando os romanos entraram só
encontraram cadáveres e uma idosa com algumas crianças que se tinham escondido
numa conduta de água.
Hoje, o que foi o último reduto
da resistência judaica é o local onde os recrutas das Forças Israelitas fazem o
seu juramento de fidelidade e proferem em alta voz "Massada não cairá
nunca mais".