Amman (ou Amã em português
corrente), capital da Jordânia, é a maior cidade deste país. Com mais de dois
milhões de habitantes, a cidade fervilha de movimento de dia e de noite e e o
centro de comércio e indústria nacional. Tudo gira em torno da capital.
Devido a influência do Rei
Hussein este pais conseguiu e consegue ainda hoje manter relações cordiais com
os restantes países do Médio Oriente o que faz de Ammam uma cidade central
nesta área do globo. É possível a partir daqui viajar para países tão dispares
do ponto de vista ideológico como o Iraque, a Síria, Israel ou o Egipto.
A história da cidade remonta aos
templos bíblicos, altura em que se designava por Rabbath Amon. Os gregos
fundaram aqui uma cidade prospera sob o nome de Filadelfia que acabou por cair
sob o domínio árabe.

Os anos foram passando e Amman
foi sendo destruída por sucessivos sismos e outros desastres naturais. Por incrível
que pareça, em 1921, quando o Rei Abdullah Ibn Hussein a tornou capital, a
cidade não passava de uma aldeia povoada principalmente por beduínos. A
construção de uma linha férrea entre Damasco (capital da Síria) e Medina
(Arábia saudita) com o intuito de facilitar a peregrinação anual (hajj) veio
incrementar fortemente a importância desta cidade. Amman constitui uma das
cidades habitadas continuamente mais antigas do mundo e hoje a sua população e
constituída por inúmeros refugiados palestinianos que fugiram dos territórios
ocupados em 1948 (aquando da criação do estado de Israel) e 1967 (Guerra dos
Seis dias). Na primeira Guerra do Golfo, Amman tornou-se o destino dos
refugiados do Kuwait e, na actualidade continua a receber inúmeros refugiados
também do Iraque.

Para compreender um bocado melhor
a historia da cidade visitamos a Cidadela no topo de uma colina da cidade. Ai,
as ruínas da cidade bizantiva (326 d.C) impressionam assim como o agradável
Museu Nacional de Arqueologia. Este, para alem de um conjunto de artefactos
históricos relacionados com os períodos por que a cidade passou, exibe alguns
originais dos Manuscritos do Mar Morto.
Descendo as ruelas da colina ate
ao Teatro Romano observamos o crescimento anárquico da cidade. Ainda tivemos
tempo para uma visita relâmpago ao teatro, bem como ao Museu de Arte
Tradicional. Como estamos em período de Ramadão as horas das visitas são muito
pequenas e quando aqui chegamos já estava tudo a encerrar.
Regressamos pela mesquita e
podemos contemplar a devoção dos muçulmanos em mais uma hora de oração que
antecede o fim do jejum. Um espectáculo na sua verdadeira essência. A cultura
muçulmana elevada ao expoente máximo na cidade de Amman, a capital da Jordânia.