Templo de Edfu

Localizado na margem ocidental do Nilo, o Templo de Edfu, do Antigo Egipto, é um templo greco-romano (237 e 57 a. C.) dedicado ao Deus Horus. Depois de Karnak, este templo é o maior do Egipto e conserva muito bem os seus baixos relevos. As inscrições nas paredes mostram bastantes informações sobre a escrita, a mitologia e a religião durante o período em que foi construído. Para além de serem testemunhos importantíssimos sobre o período greco-romano, exibem a história mitológica do conflito entre Horus e Seth.


Edfu, tal como os templos de Philae, Kom Ombo ou Dendara, data do período helenístico, e são obras que reflectem a prosperidade deste império. No entanto, o templo foi construído sobre um outro, mais pequeno, também dedicado a Horus. Algumas ruínas encontradas exibem inscrições do período de Ramsés I, Seti I e Ramsés II. 


O templo de Edfu foi um importante centro religioso mas acabou por cair em desuso quando Teodosio I proibiu o culto não cristão dentro do Império romano. Esta decisão ditou o futuro deste e doutros templos. A maioria dos relevos talhados foram arrasados pelos cristãos no período em que dominaram o Egipto. 


As figuras dos deuses estão, na sua maioria picadas, especialmente as do lado esquerdo numa tentativa de atingir o coração da nação. Os tectos estão bastante enegrecidos resultado de sucessivos incêndios provocados pelos cristãos com o intuito de destruir as imagens religiosas consideradas pagãs. 


Só as areias do deserto conseguiram preservar o templo. Enterrado com cerca de 12 metros de areia, o templo ficou escondido e as lamas do Nilo acabaram por tapa-lo. Resultou uma área elevada que os habitantes utilizaram para construir habitações. Só em 1860, o egiptólogo francês Auguste Mariette o descobriu e começou a libertar o templo da areia. As toneladas de areia e lama tornaram este templo um dos melhores exemplares do Antigo Egipto e fez dele uma das maiores atracções turisticas da actualidade, especialmente nos cruzeiros do Nilo.

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