A poucos quilómetros do Cairo
situa-se uma aldeia de nome Dashur. Fundada Minsat Dashur, esta aldeia é uma
das principais atracções próximas do Cairo, já que lá existem duas grandes
pirâmides. Depois de deixarmos Sakkara para trás, andamos cerca de 10 km e
entramos numa área militarizada onde existe um conjunto piramidal com cerca de
3 km2.
Construídas durante o reinado do
faraó Snefru, salientam-se a Pirâmide Vermelha e a Pirâmide Quebrada. Existem
outras pequenas pirâmides nas imediações mas o acesso não é possível.
A Pirâmide Quebrada está envolta
em mistério. Não se sabe exactamente porque tem aquela forma. Teorias apontam
para que o seu arquitecto tenha errado na forma da pirâmide e, para poder
terminá-la sem que ela colapsasse, teve que a fazer daquela maneira. Outras
teorias apontam para uma tentativa por parte dos arquitectos para melhorar
estas formas piramidais. Mais uma vez, tivemos que ver esta pirâmide de longe.
O local não está acessível pois existe uma barreira militar que impede a
passagem. Sendo assim, a nossa primeira experiência dentro de uma pirâmide
ocorreu na Pirâmide Vermelha.

A Pirâmide Vermelha é um edifício
grandioso. Tivemos que subir algumas rochas pela parte exterior da pirâmide até alcançar a entrada. Ai, descemos vertiginosamente (e catastroficamente) um
corredor estreito e baixo com 65 metros até alcançar as três câmaras
interiores. O calor era abrasador, o ar irrespirável e abafado. Sentíamos a água escorrer pelo corpo. Mesmo assim, continuamos a subir e a descer escadas e
túneis para visitar o seu interior. Como é estar dentro de uma pirâmide?
Abafado, muito abafado! Claustrofóbico e deslumbrante. Sentimo-nos seguros (por
incrível que pareça). Cá fora, esperava-nos mais e mais calor...