De Chiclayo apanhamos um bus nocturno
para Tumbes, próximo da fronteira do Equador. A fronteira de Tumbes é considerada em muitos guias a fronteira mais perigosa da América do Sul, por
isso estávamos um pouco reticentes em atravessá-la. Chegamos a Tumbes às quatro
e meia da manhã e alojamo-nos num hotel na Panamericana. Infelizmente, o hotel
chincho era super barulhento e não consegui pregar olho. Durante todo o resto
da noite ouviasse passar carros, camiões, buses, mototaxis, tractores... tudo!
Resolvemos levantar-nos às sete da manhã e apanhar o bus da CIFA para o
Equador. Esta companhia leva-nos para o Equador (Machala) e parou nos
respectivos postos de imigração para podermos actualizar os nossos documentos.
A área fronteiriça lembra a fronteira entre a Índia e o Nepal, em Sounali, mas os
postos de imigração dos dois países distam quase seis quilómetros um do outro.
A fronteira em si é uma ponte sobre o rio. Felizmente correu tudo bem e o bus
"largou-nos" na Panamericana, perto de Pasajes, onde apanhamos logo
um bus para Cuenca. Quando entramos no Equador rapidamente percebemos porque
chamam a este país de "Republica das Bananas"!!! Durante quilómetros
não vemos mais nada que não sejam plantações de bananeiras. De ontem para hoje
sente-se a mudança do clima. Está um calor infernal e o ar é húmido e abafado.
Estamos no Clima Equatorial. A vegetação exuberante não engana e até vimos uma
iguana gigante atravessar a estrada!
